quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Estou de Regresso

Aos amigos que visitam este blogue , quero dizer que nos proximos dias comecarei a publicar poemas do meu proximo livro, ainda sem titulo, e que dedico ao meu pai que morreu em Maio. E ao amigo Gildo, Rock, para muitos amigos, que morreu envenenado. A morte sempre presente na minha poesia. Afinal, Patria quero so uma, o lugar de morte.
Aproveito a oportunidade para lancar um desafio: VALE A PENA A RENAMO EXPULSAR DEVIZ SIMANGO? QUEM GANHA COMO ISSO?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Patria Que Me Pariu Finalmente Lancado

Pátria que me pariu, finalmente lançado

O amor, a memória/ a loucura: os três lugares de exílio de Celso Manguana

Foi finalmente lançado o livro " pátria que me Pariu" do jornalista e poeta Celso Manguana. A cerimonia decorreu, sexta-feira passada, na sede da Associação Moçambicana de Fotografia e foi levada a cabo pela União Nacional de Escritores (UNE). A seguir e na integra o texto da apresentação do livro, feita pelo sóciologo e também poeta Luís Cezerilo


LUIS CEZERILO

Com mestria, o "agricultor de seus verdes" chega à messe. Sendo um sopro na aragem, enforca-se. Tal atitude faz nascer a Poesia fruto da cópula do poeta com sua amada companheira - a palavra. Na inspiração, desenvolve-se o embrião, eis o momento do parto: o poeta traz hoje ao mundo a sua filha e baptiza-a de Pátria que me pariu.
Segue à risca o que foi ordenado ao homem - "crescei, multiplicai e enchei a Terra", para privilégio nosso, o poeta Celso Manguana enche o planeta com frutos de sua relação e torna mais bela assim a Literatura Moçambicana.
Johann Wolfgang Von Goethe lembrava:
O maior mérito do homem consiste sem dúvida em determinar tanto quanto possível as circunstâncias e em deixar-se determinar por elas tão pouco quanto possível. Todo o universo está perante nós como uma grande pedreira perante o arquitecto, o qual só merece esse nome se com a maior economia, conveniência e solidez constituir, a partir dessas massas acidentalmente acumuladas pela Natureza, o protótipo nascido no seu espírito. Fora de nós, tudo é apenas elemento. Sim, até posso dizer: tudo o que há em nós também. Mas no fundo de nós próprios encontra-se essa força criadora que nos permite produzir aquilo que tem de ser e que não nos deixa descansar, nem repousar, enquanto não o tivermos realizado, de uma maneira ou de outra, fora de nós ou em nós.
As apresentações, no mais das vezes, se colocam no lugar da fala intermediária. É o discurso de outrem que, via de regra, se institui como discurso autorizado para discorrer sobre um conjunto de escrita consubstanciada numa obra, num livro. Para além de óbvio que esta afirmação revela, devemos nos ater ao cuidado que ela exige. Roland Barthes já chamaria a atenção de elas, as apresentações, se revestirem de uma intenção ética e moral: na impossibilidade doa autores se apresentarem por si mesmo, o escritor é interditado deste momento de sumária apresentação sobre os seus feitos. Ele convenientemente silencia, e se abre assim a interpretação. Se tal afirmação nos é permitida, teremos que admitir que se trata de um desafio Arriscado, porém necessário.
O que um poeta pensa do mundo e dos seus habitantes está nos livros que escreve, por mais que ele insista que é apenas um narrador e que não se responsabiliza pelas acções e opiniões das suas personagens. Não adianta o poeta esconder-se, pois, todo o poema é a favor ou contra, e uma mudança de parágrafo pode ser uma tomada de posição em relação ao que o poeta pensa da sua sociedade. Confessou-me, o amigo Celso nos raros mas preciosos silêncios da nossa convivência:
Sou um homem mal-enganado e sempre houve a suspeita de que sou subversivo e a favor de determinadas coisas que eles, os donos do Poder entendem como subversivas. Não participo na política por falta de talento e de gosto. O partido é uma imposição, uma prisão, e eu prefiro pensar em termos de Liberdade.
Como podemos observar o poeta considera que o compromisso com a liberdade, além da sua fascinação com o trágico e o cómico das relações humanas e os mistérios da memória e da criação, é tão claro aqui quanto na sua poesia.
Neste breve momento de estar na poesia de Manguana, tomamos Penélope e a Aranha como metáforas – desgastadas e vigorosamente vivas – da constituição da sociedade moçambicana como um grande texto. A metáfora neste sentido encontra-se num sintagma em que aparecem contraditoriamente a identidade de dois significantes e a não identidade de dois significados correspondentes ou na transferência analógica de denominações segundo Benveniste.

Minhas Senhoras,
Meus Senhores

Pátria que me pariu é um texto que nos leva a tecer na urgência e displicência do nosso quotidiano vivido sem método e sem ciência, e que se transforma em vontade de uma época, expressando um espírito unificador que permite a identificação de diferentes experiências vivenciadas pelo poeta e pelo país do Rovuma ao Maputo.
Este tecido multicolorido, colcha de retalhos de "eus", do eu lírico, estilhaçados de uma modernidade tardia, plural e contraditória torna a poesia de Manguana complexa, rica e singular a tudo que já se pôde viver e morrer em Pátria, e porque não, Mátria.
Chegaste/já não quero ouvir falar de pátrias/nem de pitas/tenho uma Mátria/Já não tenho que escrever/tenho que amar/eu tenho uma Mátria/minha Mátria, meu amor/Meu amor minha Mátria/Quem tem Mátria não precisa de Pátria. (pág. 40).
Essa cultura do caos, da ausência e do limite, na poesia de Celso Manguana, joga-nos num universo dinâmico e extraordinariamente sedutor, entre tantos discursos, que ficamos a procura onde foi que nos perdemos a nós mesmos. Cito: Pátria/quero só uma/o lugar de morte/A nenhuma cidadania/pertenço/conheço/três lugares de exílio/O amor, a memória/ a loucura. (pág. 10)
Manguana conduz-nos a desafios plurivocais do nosso tempo, questionando a ética que o requer, o princípio que o orienta, o valor humano que o conduz – A Liberdade.
Na luz bruxuleante das urbanidades nacionais tudo o que podemos obter é o vazio de uma referência estável, como se a vida fosse um ponto desfocalizado na lente embaçada das nossas retinas de excesso de claridade: "não despeço, peço lume/charro aceso prossigo/para a morte, obviamente para a morte/minha Pátria. (pág. 11)."
Por isso mesmo quando me dei ao abrigo na poética de Celso Manguana, captada na teia da presente obra Pátria que me pariu observamos que se poderia escolher a diversidade da linguagem e da história, deixando que os poemas pudessem falar por si mesmos da sua finitude, incompletude e esperança, que é uma forma possível de dizer segundo o autor:
"No seu Mercedes C Class /o patrão sabe/do novo preço do chapa?/Sabe?/ (Pág. 28)."continua, "Sangue muito sangue/estrume talvez/para regar as causas/só as causas justas /Mas sonhamos só a meia haste. (pág. 17);" esperançado reclama: "quem tudo chorou merece ser feliz/um minuto só porque num minuto há tempo bastante para amar/deixar de amar e voltar a amar. E ponto"
Não pretendemos, sob qualquer pretexto, promover ou estimular classificações estanques, pois, Celso Manguana não cabe certamente em categorias particulares e não enclausura sua poética neste ou naquele gênero e ao ler a presente obra, testemunhamos uma constante diluição das fronteiras textuais: poesia realista, cultural, social, política e poesia lírica que compõem os traços da sua obra deste Delfim da poesia moçambicana
Como já dizia Roland Barthes, em o Rumor da Língua: a linguagem literária excede sempre qualquer esquema descritivo, escapa sempre às malhas grosseiras de metalinguagem técnica. De acordo com Leila Perone-Moisés, suas análises, as de Barthes, o conduziram a ver menos o que se encaixava nos modelos do que aquilo que os desmantelava.
Ainda para Perone-Moises, o texto literário tomado por esse autor não foi dominado pela necessidade de decifrá-lo, visto que foi o indomável que o seduziu e que provocou, em vez de uma simples grade de leitura do texto-objecto, a produção de um novo texto tão complexo e fascinante quanto aquele que lhe servira de pretexto. A tentativa de saber o que o texto literário significa revelou-se para Barthes como uma impossibilidade e um logro.
Contudo o texto escrito ultrapassa o mero acto de reter o dito. A tensão que se estabelece é, portanto, entre o "dizer original" e a inevitável abertura que sempre leva em conta a alteridade – o outro - a quem esse dizer, afinal, se destina. Este não corresponde ao que chamaríamos de um interlocutor originário, como alguém que tem diante de si a tarefa de compreender, imposta pelo próprio texto, pois como diz Gadamer, um texto não é um objecto dado, mas uma fase na realização de um processo de entendimento.
Truísmo à parte, Manguana é um homem de seu tempo, representando-o sob diversos modos. Em sua obra, misturam-se e separam-se, num jogo concomitante, o sujeito e o poeta. O filósofo Giorgio Agamben, em Profanações (2007), retoma a discussão sobre o par função-autor e autor, estabelecido por Foucault. Agamben lembra-nos que, para Foucault, a marca do escritor "residia na singularidade de sua ausência, aguardando-lhe, no jogo escriturário, o papel de morto."(Agamben 2007:55).
À luz das considerações de Foucault, Agamben considera que um autor assinala uma só vez a vida que foi jogada na obra – e que foi jogada como obra. Para ele, o autor é um gesto, "tão-somente a testemunha, o fiador de sua própria ausência na obra, cabendo ao leitor, por sua vez, retraçar essa ausência como no infinito recomeço do jogo" (Agamben 2007: 55).
Sob esse ponto de vista, consideramos que em Celso Manguana a função-autor é exercida plenamente pois caracteriza "o modo de existência, de circulação e funcionamento de certos discursos no interior de uma sociedade". (Agamben 2007: 56).
Numa espécie de convivência velada com a escrita de Celso, entrarão a compor uma sinfonia de racionalidade e intuição, dialogando inteligências solitárias de cuja solidão do eu lírico ninguém tem culpa, mas pela maravilha da escrita e do livro poderão reflectir sobre sentidos e silêncios das diversas pátrias no autor. Estamos aqui e agora fazendo a travessia do nosso tempo, e não nos esquecendo de que o dia precisa testemunhar a fatia de vida que nos cabe, inusitadamente a cada minuto.
No território fecundo de Pátria que me pariu, encerramos assuntos e especificidades variadas, mas todos trilhando o chão plástico da linguagem, dos discursos e da sociedade moçambicana que os produz, de modo a reiterar a relação vivificadora da poesia e das práticas sociais que à premeia.
Pátria que me pariu, apresenta-se como um mosaico de experiências de vida de Celso Manguana, e sobretudo, como vivência humana que entre um sonho e um pedaço do real continua o saudável e necessário espaço da produção literária moçambicana. Retomando a metáfora inicial desta apresentação onde o mapa rico, desenhado com os fios e dissimilares traços da aranha tecedeira, este livro guarda a imagem da unidade possível, não unívoca, mas plural e múltipla, aliás marca identitária do autor, no fio sensível dos nossos mestres Craveirinha, White, reafirmando a qualidade, o vigor e a solidez da produção da linguagem na literatura moçambicana.
À terminar diria uma Penélope a tecer o encantamento de seu tempo, o gosto de lembrar para esquecer, e assim ser possível reeditar a cada dia o sentido do amor e da liberdade: Empresta-me o teu ombro para que as minhas lágrimas corram/Lentamente/Sem pressa/Assim devagarinho até onde o amor é.
Assim sendo, convido o estimado leitor a inscrever-se nesse tecido.
Muito obrigado

* Texto lido aquando do lançamento do livro do jornalista e poeta Celso Manguana

terça-feira, 17 de junho de 2008

Versos sem xenofobia

Por vezes, e tenho a tentacao de pegar numa Kalashnikove, sim uma AKM, saltar a fronteira, entrar na South Africa e aos tiros resgatar os sonhos mutilados de muitos mocambicanos a quem a xenofobia interrompeu- lhes o sono.'E a dormir que se sonha.
'E s'o uma tentacao, porque de armas tenho medo. Mas juro tenho uma arma dentro do coracao. Que todos os dias dispara em direccao ao amor. Minto, a minha arma nao dispara, canta. Canta hinos de amor. Como tenho pena que os meus cunhados sul-africanos nao possam ouvir o canto da minha arma.
Talvez entendessem que humanidade 'e apenas uma raca. E que nacionalidade 'e uma banalidade que os politicos inventaram.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Meu Professor foi a enterrar

Teve lugar ontem na cidade de Maputo o enterro do professor Fernando Ganhão. Sem querer acrescentar muito ao que já foi tido sobre essa grande figura , quero simplismente aqui e agora prestar a minha homenegem ao meu professor de Sociologia Política e de Ciência Política. Homem de um cultura invulgar e de conhecimento enciclopédico, Fernando Ganhão equanto professor sempre sobre tornar as suas aulas momentos de partilha de conhecimento do mundo.
Há dois episódios que marcaram a nossa relação professor/ estudante.
O primeiro foi quando eu era estudante da Faculdade de Direito na Universidade Eduardo Mondlane e ele marcou um teste de Sociologia Política com a duração de 3 horas e eu cheguei com com 2 horas e 30minutos de atraso e ele perguntou me: o que o senhor vem fazer. Respondi-lhe: Vim fazer o teste. Ele riu-se. Entrei e fiz os teste e até tive positiva.No dia da entrega do teste ele disse que estava a pensar em diminuir o tempo de duração dos testes.
Um segundo episódio aconteceu quando ele era meu professor de Ciência Política na defunta UFICS e como todos andavamos impressionados com a sua vasta cultura, perguntei-lhe, desculpa professor afinal, qual é a sua formação?
Ele riu-se e disse: sou formado em história na Polónia.
Enfim, para morrer basta nascer. Morreu um homem de cultura e de ciência.

segunda-feira, 3 de março de 2008

DDescriminalização do aborto: o debate que urge fazer conscientemente

O governo projecta depositar nos próximos tempos, na Assembleia da República, um Projecto de Lei que, vai descriminalizar a interrupção da gravidez, aborto, em algumas circunstâncias. Em qualquer parte do mundo toda a legislação sobre o aborto é polémica. Principalmente quando está em causa a sua legalização. E Moçambique não é excepção. Em momentos outros, o referido Projecto de Lei já suscitou comentários de vários sectores da sociedade.
Sou há pouco tempo tive contacto com o mesmo. E, pelo que me pude aperceber, o mesmo não tem objectivo de “legalizar a morte” com defendem alguns sectores da sociedade moçambicana”. Mas tão somente despenalizar a interrupção da gravidez em circunstâncias tal como: “ violação, incesto, má formação do feto etc”. Só citei algumas.
A actual legislação sobre o assunto data dos anos 1800 e, até cá muita coisa já mudou. E o mundo já andou muito. Melhor, a Terra de lá até cá já efectuou inúmeras voltas ao Sol. E na referida legislação a prática do aborto é criminalizada sem se levar em conta circunstâncias de excepção. Mas tendo em conta o período em que foi elaborada a mesma é compreensível. Incompreensível é mantermos legislação dos anos 1800 no nosso quadro jurídico como se o mundo de lá até cá tivesse parado.
Em determinado momento o governo por parte do então ministro da Saúde, Pascoal Mocumbi , tomou posição sobre o assunto. Da parte dele emanou uma directiva que autorizou a prática do aborto em algumas unidades sanitárias. Foi uma medida de boa vontade mas ilegal na medida em que uma directiva de um ministro não se sobrepõe a um artigo do Código Penal. A referida directiva surgiu numa altura em que o aborto inseguro e clandestino era uma das maiores causas de morte materna em Moçambique.
E porque aborto em Moçambique continua ilegal, continuam a ser muitas as mulheres que recorrem ao aborto inseguro e ilegal para se desfazerem de grávidas indesejadas.
Em algumas unidades sanitárias continua-se a efectuar o aborto por força da directiva de Pascoal Mocumbi. Contudo, em virtude da prática continuar a ser ilegal e, por isso, não puder ser publicitada, são poucas as mulheres que sabem que pode recorrer as unidades sanitárias para efectuarem um aborto seguro no lugar de recorrerem a provedores clandestinos onde muitas vezes a consequência é a morte. As mulheres com mais posses podem muito facilmente recorrer a vizinha África do Sul onde a prática do aborto é legal e, desde que a mesma foi legalizada o número de mortes motivadas pela prática do aborto reduziu drasticamente.
Tenho consciência de que quase sempre, o debate sobre a descriminalização do aborto é muito fértil em polémicas. Polémicas justas na medida em que o mesmo mexe com a consciência e crença das pessoas sobre a vida. Contudo , defendo que o debate sobre o assunto deve ser feito sem paixões mas tendo em conta a realidade no terreno. Porque enquanto os debates exacerbam-se há mulheres a morrerem por terem recorrido ao aborto clandestino e ilegal, muitas vezes efectuados sem se levarem em conta as mais elementares regras da medicina.(Celso Manguana)

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Muro da Vergonha da Biblioteca Nacional

No último sábado passei pela Avenida 25 de Setembro. Confeso que não passava por aquelas bandas faz algum tempo. No meu percurso passei por frente da Biblioteca Nacional, neste momento em obras. Por causa das referenciadas obras ergueu-se um muro mesmo defronte da Biblioteca Nacional.
Em letras bem visíveis pode-se ler no referido muro: "Murro Provisório". Fiquei estarecido. Logo na Biblioteca Nacional comete-se tão monumental erro. Uma biblioteca é suposto ser lugar onde está depositado o saber nas suas mais diversas variantes. Se de uma «Biblioteca nacional» vem tão monumental erro o que esperar de outros lugares que pouco têm a ver com o saber.
Bom, quem escreveu as palavras já referidas encarregou-se, sim, de dar um grande murro ná língua portuguesa e na dignidade da Biblioteca Nacional. Felizmente o "murro" é " provisório" pelo que quem o leva e quem o sente, só o vai levar e o sentir provisoriamente.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Paulo Danger no programa «Atracções»

Paulo Danger, arguido no processo ainda por julgar relativo a tentativa de assassinato do advogado Albano Silva foi um dos telespectadores que ligou para o programa «Atracções» no dia 14 de Fevereiro. Paulo Danger encontra-se, segundo informação oficial, detido na cadeia tida de máxima segurança B .O.
Que os presos assistam televisão e tenham possibilidade de se comunicar com familiares por via telefónica tudo bem. A coisa muda de figura qundo entram em directo em programas de televisão. Amanhã podem por essa via manipular a opinião pública sobre processos em que são arguidos.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A noite de Maputo está de luto: Morreu músico João Paulo

A noite de Maputo. Morreu um dos seus principais cultores. Novctívago e boémio por excelência, morreu na madrugada de hoje, vítima de doença, no Hospital Central de Maputo, o músico João Paulo ou o «Blues Man» com era chamado por muitos dos seus fãs. Pessoalmente, tive várias oprtunidades de privar com o João Paulo e ouvi-lo a desfilar para amesa e par o auditório, sempre atanto, a sua vasta cultura geral.Também pude ouvi-lo acantar e a embalar os fãs com os finos sons do «Blues» seu principal cardápio musical. Agora que definitivamente, não mais irei privar com ele sobem a memória asa várias vezes em que eu, o Nhachote, o Fernando Manuel e o João Paulo estivemos a mesma mesa a compartilhar ideias sobre o dsetino do país ou "sítio" como ele preferia chamar a Moçambique. Foram momentos bonitos em entricheirados no melhot bar do mundo, o «Goa» tomávamos a lberdade de mandar a merad a classe política a quem todos nós sempre concluímos ser formada por predadores nada perocupados com o triste destino da maioria dos moçambicanos. Foram tardes inesqqeucíveis com o João Paulo sempres disposto a partilhar connosco as suas experiências viviads nas muitas viagens que fez pelo mundo fora. Morreu um amigo.E ponto

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Agora Chibuto

Hoje as manifestações aconteceram no Vila de Chibuto.Mais uma vez o pretexto foi a carestia de vida.Informações circulam na cidade de Maputo indicam que os manifestantes incendiaram um padaria e um posto de venda de pão. Foi prceiso que forças policiais idas de Xai-Xai intervissem para a manifestação terminasse. O assaunto está sério. Nos próximos dias conto partilhar convosco uma reflexão sobre o assunto.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Novas manifestações

Hoje a cidade de Chókwe foi palco de violentas manifestações. Segundo informações que circulam em Maputo os manifestantes levantaram-se contra a alta de preços de produtos básicos e contra a carestia de vida. Há informações de em resultado da referida manifestação um indivíduo encontrou a morte a cinco pessoas ficaram feridas. A Polícia posicionada no Chokwé teve que pedir reforço a forças policiais posicionadas en Xai-Xai e só assim , a mnifestação terminou. Entretanto, a Polícia frustrou tentativas de manifestação em em Bobole e no Zimpeto. A carestia de vida era a motivação da referidas manifestações frustradas.

Poema

Outra pátria
quero
esta
não me
pertence

Subido o preço
do chapa
no xinguerenguere
dos pés
me transporto

Vou
para que o patrão
não faça em fatias
o meu pão
de todos os dias

No seu mercedes C Class
o patrão sabe
do novo preço do chapa?

Sabe que o salário
só se multiplica
na paciência do xitique
sabe?

A parabólica DSTV
da Sommerschield
mostra a fome de Govuro?

Á luz de vela
Matsinhane poema:
Pátria
é
pão
País
é
pão
Partido
é
pão

Celso Manguana do livro no prelo " Pátria que me Pariu"

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Agora tudo serve...

Ao princípio da manhã de hoje recebi a informação de que o empresa pública de transportes públicos coloicou nas ruas os seus autocarros de luxo para tentar minorar a crise de transportes que, pese o apelo da Federação dos transportadores para estes regressarem ao trabalho, continua em algumas rotas particularmente na sensível rota Maputo-Matola. Bom, na tentativa de de apagar o fogo agora o governo não olha a meios. Oxalá, os governantes tenham algum bom senso e sacrifiquem alguns dos vários carros de luxo que possuem nas suas casas e façam a sua conversão em autocarros de transportes colectivos. Aí sim, o povo começaria acreditar que o govreno do dia está empenhado em "combater a pobreza absoluta".

Quando o Povo é Quem Mais Ordena.....

“Uma população que não fala não é um risco?
Aonde se oculta o diapasão da sua voz?”-
José Craveirinha

Ao momento que escrevo estas linhas, nas cidades de Maputo e Matola que na passada terça-feira viveram uma situação de “terramoto social”, já se nota uma visível acalmia e com a vida paulatinamente a regressar a normalidade. Os transportes semi-colectivos que na última quarta-feira não se fizeram as ruas começam timidamente a regressar a sua rotina de todos os dias. Contudo, o cenário não me parece ser merecedor de euforias. Vive-se um cenário que prefiro denominar de, “ paz podre”. Os transportadores estão na expectativa de ouvir do governo as possíveis saídas para que eles não se vejam obrigados a ter que aumentar o preço dos transportes semi-colectivos. Aliás, a demonstração de força feita pela população das duas referidas cidades mostra que qualquer nova tentativa de aumentar os preços dos transportes semi-colectivos de passageiros pode desembocar num cenário, provavelmente muito pior que o da passada terça-feira. Temos que nos lembrar que na quarta-feira os transportadores não saíram a ruas e, mesmo sem cenas de violência, a cidade de Maputo simplesmente parou. Em suma, o governo do dia está encurralado. Ou faz cedências que agradem os transportadores e, por via disso, aos utentes dos transportes semi-colectivos ou corre o risco de ver a sua legitimidade terrivelmente corroída.
Mas neste momento em que se vive na ressaca dos acontecimentos da passada terça-feira talvez tenhamos de procurar as razões de teremos chegado ao actual estado das coisas. Uma primeira explicação pode ser encontrada no facto de, o governo do dia, pese o facto de ter colocado como urgência da sua agenda o «combate contra a pobreza absoluta» pouco estar a fazer para que os muitos pobres absolutos que o país tem melhorem a sua condição de vida. Só isso explica que em três anos de poder, o executivo não tenha traçado uma estratégia credível para o vital sector de transportes urbanos e inter-urbanos. O executivo sempre optou por soluções experimentais que sempre mostram resultados falíveis. Experimentou-se a alternativa do comboio e também a dos autocarros movido a gás. Os factos no terreno mostram que as duas alternativas estavam longe de resolver um problema que é grave e muito sério. E no meio de tanta crise de transporte vimos o ministro a inaugurar cinco autocarros de luxo comprados pela empresa pública de transportes, a «TPM». Só quem não está empenhado em “combater a pobreza absoluta” pode se dar a tremendo luxo. E como a prioridade que o presidente Armando Guebuza tem na sua agenda é “ combater a pobreza absoluta” não parece sensato que ele mantenha no seu governo quem priorize luxos.
Mas se as manifestações da passada terça-feira tiveram com principal catalizador a subida dos preços dos transportes semi-colectivos muitos dos manifestantes não deixaram de lembrar que a cada dia que passa outros produtos vão tendo preços mais altos o que torna o custo de vida mais elevado. Por aqui pode-se depreender que há urgência de repensar toda estratégia do muito propalado “ combate contra a pobreza absoluta”. Em outro momento, em outro lugar, escrevi que no fim do seu mandato o presidente Armando Guebuza poderá ser acusado de ter combatido a pobreza absoluta de uns e de se ter esquecido de combater a mesma pobreza absoluta de outros. Já me explico; a estratégia de “combate contra a pobreza absoluta” que está a ser levada a cabo pelo executivo prioriza os distritos que recebem cada um 7milhões de Mt para vários fins. Esta estratégia parece indiciar que os “pobres absolutos” só se encontram nos distritos e todos os habitantes das cidades já venceram a pobreza absoluta e não precisam de uma atenção do governo. Mas, os factos parecem indiciar que quem na passada terça-feira levantou-se contra os preços dos transportes semi-colectivos foram os continuam a espera que o governo do dia os contemple no seu “combate contra a pobreza absoluta”, sejam eles “malfeitores ou marginais” como os chamou o vice-ministro do Interior, José Mandra. “ Malfeitores ou marginais” uma coisa é certa: nos meios urbanos há muita gente que pelas mais variadíssimas razões vê a sua condição sócio-económica a deteriorar-se a cada dia que passa ao mesmo tempo que a assiste a elite política e os seus acólitos pavoneando-se em luxo e a exibirem sinais exteriores de “riqueza absoluta”. E só os que vivem obcecados pela ideia que os moçambicanos são incapazes de se sublevar perante situações de injustiça vêm malfeitores onde estava um povo revoltado. Os acontecimentos da passada terça-feira podem ser sinal claro de que muitos moçambicanos já se cansaram de ver a bicha da vida a andar só para os que estão na linha da frente. Como também foi um aviso sério ao governo do dia que está na obrigação de mostrar de uma vez por todas que o seu “combate contra a pobreza absoluta” é assunto sério e não chavão para ser repetido pelo militantes do partido no poder mesmo quando o momento é inconveniente. Porque afinal , o povo é quem mais ordena.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Maputo Sem Transporte

Depois dos tumultos de ontem a cidade de Maputo acordou hoje sem transporte. O acordo entre o governo e a asociação dos transportasdores em que as partes concordaram em suspender a aplicação da nova tarifa dos transportes semi-colectivos de passageiros acabou tendo efeito perverso. Agora, são os transportadores que se recusam a exercer a sua actividade sob alegaçaõ de que o regresso ao preço anterior tem que implicar a redução dos preços dso combustíveis. Em suma, o governo de Armando Guebuza está encurralado porque deste que chegou ao poder não mostrou ter estratégia para o problema de tranportes urbanos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Maputo a ferro e fogo

A cidade de Maputo acordou na manhã de hoje debaixo de fortes tumultos. A subida de preços dos transportes semi-colectivos foi motivo para levantamentos populares que acabaram por paralisar a vida habitual da cidade de Maputo. O movimento que começou logo pela manhã com a colocação de barricadas e incéndio de pneus nas principais artérias dos barirros periféricos da capital. Com estas acções os populares revoltados impediram a circulação não só dos tranportes s emi-colectivos de passageiros como que qualquer outra viatura. Em muito pouco tempo o movimento alastrou-se para outros pontos da cidade com particular destaque para a baixa da cidade. A polícia foi obrigado a intervir e teve que efectuar disparos e gás lacrimogénio para dispersar os vários manifestantes em diferentes pontos da cidade. Ao momento que escrevo reina uma certa calmia na cidade mas praticamente um pouco por toda a cidade uma série de serviço estão encerrados. Em muitas artérias da cidade praticamente não estão a circular viaturas. Há registos de feridos e também de um morto. A polícia tem estado a efectuar detenções de supostos instigadores dos tumultos. O vice-ministro do Interior, José Mandra, falou a comunicação social e apelou á calma.Reina muita expectativa em volta da conferência de imprensa que deverá ser dada dentro de momentos pelo porta-voz do govreno. Os tumultos de hoje condicionaram a agenda do Conselho de Ministros que viu-se obrigado a colocar o assunto na mesa e com carácter de emergência.

Nota: Os tumultos de hoje podem ser um sinal claro de que os moçambicanos estão cansados de fazer papel de bobos. É altura mais que certa, da elite governamental meter a mão na consciência e pensar mais no povo e menos no seu bolso.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Um artigo que vale a pena ler

Num momento em que com cada vez mais persistênsia fala-se da existência de petróleo em solo moçambicano permitam-me partilhar convosco o artigo de Viriato Soromenho-Marques publicado na edição nº 969 do JL.

Crude e dupla personalidade*

A descoberta de uma vasta jaziga submarina de petróleo e gás natural aoa largo do Rio de Janeiro veio revelar como o discurso político está hoje afectado por uma forte patologia, que nada indica de bom quanto ao nosso futuro.
O petróleo tem sido o sangue do sistema económico dos últimos 80 anos, do mesmo modo como o carvão foi ao longo do século XIX e ainda durante uma parte significativa do século XX.
Hoje deparamo-nos com dois problemas. A segurança do abastecimento está em risco por um conjunto de razões, entre as quais avulta o facto de, muito provavelmente, já termos ultrapassado o «pico do petróleo» ( isto é; já estarmos a usar a metade final do recurso acessível portecnologias de exploração). Sobre isto não tenho certezas, mas suspeitas. A s informações sobre estatísticaas seguras acerca de reservas não existem. Quase todos os países tratam esta informação como um duplo segredo, comercial e militar.
Mas mesmo que asa reservas de crude fossem ilimitadas, sabemos hoje qu existe um problema incontornável: as alterações climáticas resultantes da queima de combustíveis fósseis, que aumentam a concentração de gases de estufa na atmosfera provocando esta ameaça nova de âmbito «ontológico», que constitui o maior desafio que a humanidade jamais enfrentou na luta pela continuidade da civilização.
Sabemos que líderes como Putin ou Chávez não se preocupam minimamente como outra coisa senão com os seus negócios e o modo como o petróleo e o gás natural contribuem para o seu poder pessoal.Mas dos líderes democráticos espera-se mais.
Não gostei de ouvir José Socrátes a congratular-se com os lucros da Galp, como se fosse um accionista na véspera de lucrar com os ganhos da venda de acções.
O que se esperaria de um dirigente democrata com capacidade de liderança iria noutro sentido: a) deveria salientar que a aposta estratégica está hoje na progressiva libertação da nossa economia em relação a tutela dos combustíveis fósseis; b) deveria destacar que o petróleo é uma importante matéria-prima, não renovável, que deverá ser usada como material para inúmeras aplicações, não para o seu uso mais grosseiro e prejudicial para o ambiente como combustível;c) devria salientar a importância de usarmos com eficiência os combustíveis fósseis para ganharmos mais tempo par encontrar alternativas energéticas que evitem o colapso económico e a crise ambiental.
Foi pena que o nosso primeiro-ministro tivesse silenciado, no seu júbilo, ests questões centrais.
Naquilo que nos alegra ou naquilo que silenciamos, revela-se ou manifesta-se a grandeza de um projecto político.ou a falta dela.

*Por Viriato Soromenho-Marques in JL

Nota: Oxalá que a eventual descoberta de petróleo em Moçambique ( há quem garante que o nosso país realmente tem petróleo) não signifique um «jackpot» para a elite governamental e desastra ambiental para todo o território nacional.

Literatura Moçambicana na Inglatera

Recebi há alguns dias uma antologia de poetas moçambicanos publicada em terras de Sua Majestade Isabel II. São cinquenta páginas de poemas de vários poetas moçambicanos.É uma edição bilingue (Inglês/ Português) e tem a chancela da editora « The Heaventre Press».Uma ideia que em minha opinião é de louvar porque é mais uma oportunidade de divulgar a poesia moçambicana além-fronteiras. Intitulada, " Para Além da Charru: Poemas de Moçambique/ Charrua and Beyond: Poems From Mozambique" a antologia publica pomas dos seguintes poetas moçambicanos: Jorge Rebelo, Sebastião Alba, Heliodoro Baptista, Calane da Silva, Juvenal Bucuane, Gulamo Khan, Luís Carlos Patraquim, Mia Couto, Hélder Muteia, Armando Artur, Eduardo White, Nelson Saúte, Ana Mafalda Leite, Chagas Levene e Celso Manguana.Viva a poesia moçambicana!

Literatura Moçambicana na Inglatera

Recebi há alguns dias uma antologia de poetas moçambicanos publicada em terras de Sua Majestade Isabel II. São cinquenta páginas de poemas de vários poetas moçambicanos.É uma edição bilingue (Inglês/ Português) e tem a chancela da editora « The Heaventre Press».Uma ideia que em minha opinião é de louvar porque é mais uma oportunidade de divulgar a poesia moçambicana além-fronteiras. Intitulada, " Para Além da Charru: Poemas de Moçambique/ Charrua and Beyond: Poems From Mozambique" a antologia publica pomas dos seguintes poetas moçambicanos: Jorge Rebelo, Sebastião Alba, Heliodoro Baptista, Calane da Silva, Juvenal Bucuane, Gulamo Khan, Luís Carlos Patraquim, Mia Couto, Hélder Muteia, Armando Artur, Eduardo White, Nelson Saúte, Ana Mafalda Leite, Chagas Levene e Celso Manguana.
Viva a poesia moçambicana!

AEMO: As Eleições e Futuro

A Associação dos Escritores Moçambicanos vai relizar a 23 do próximo mês mais um momento eleitoral. Na agendada Assembleia-geral deverão ser eleitos os novos corpos gerentes da agremiação. Numa entrevista que dei ao semanário «Savana» em final do ano passado disse que, " A Aemo tornou-se no trampolim para que os seus secretários-gerais arranjem tachos na estrutura do Estado" e exemplifiquei com os casos de Hélder Muteia, hoje resperesentante da FAO na Nigéria, mas antes deputado pela bancada da Frelimo, vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e depois ministro da mesma área. Outro nome que serviu par alicerçar a minha ideia foi o de Armando Artur que de SG da Aemo tornou-se vice-presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa. Outro nome ainda, a que me referi foi do actual titular do cargo, Juvenal Bucuane, que por via disso é agora membro da Comissão Nacional de Eleições. Em vésperas de eleições sou obrigado a preguntar: agora quem pretende servir-se da AEMO par dar um salto para cima?
Nos corredores da AEMO ainda são poucos os nomes dos eventuais candidatos de que se fala. Mas em surdina já se fala de alguns nomes. Juvenal Bucuane, Aurélio Furdela e Jorge Oliveira são os nomes de quem se fala. O primeiro deverá ser candidato a sua própria sucessão. Contudo, a sua gestão a frente dos destinos da AEMO não me parece motivo para mais um mandato. É minha opiñião pessoal. Penso que Bucuane no tempo em que está a frente dos destinos da AEMO não foi capaz de dar uma nova cara a instituição que é cada vez menos um espaço de convivência de escritores. Alguns lançamentos e alguns debates resumem a sua direcção. Num período em que, ao que tudo indica, a AEMO tem cada vez mais parceiros era desejável que a direcção da agremiação fosse mais agressiva e tivesse muito mais programas.Não quero com isso dizer que Bucuane e seus pares naõ fizeram nada ams penso que podia ter feito muito mais. Aliás, penso que o mais importante na AEMO de hoje é fezer com que os associados voltem a frequentar a casa a participar da vida dela. Como também é importante que se estabeleçam intercâmbios com escritores de outros países e sobretudo da região nem que seja para que a AEMO não se abstenha de dançar a música da integração regional.
Mas independetemente de que fôr o novo SG da AEMO o importante é a Assembleia-Geral seja uma oportunidade de debate sobre o futuro que se pretende que tenha a AEMO. Para que não se caia na situação de mudar alguma coisa e voltar a ter tudo na mesma. O importante não são nomes nem pessoas mas programas com cabeças , troncos e membros. O resto é paisagem.

Pátria que me pariu: Um livro adiado

Pátria que me pariu é o título de um livro meu de poesia, infelizmente ainda no prelo. A referida colectânea de poemas permitiu que eu fosse laureado com o «Prémio Fundac- Ruy de Noronha-2006» pelo que , segundo o regulamento do Fundac, eles são obrigados a patrocinar a edição do livro. Contudo, e para o meu espanto, já depositei o livro em disco no Fundac mas sempre que por lá passao recebo uma resposta mais disparatada que a anterior. Ninguém no Fundac consegue dar-me uma resposta equlibrada sobre os reais motivos de ainda não terem enviado o meu livro a gráfica. Mas espero que os próximos dias tragam respostas mais vertebradas e com sentido. Porque eu sinto que estou em dívida com o público leitor que, com razão, pretende conhecer os poemas que me tornaram "um poeta laureado". Espero que o futuro não me dê razão e, eu esteja errado quando começo a pensar que alguém tem medo da poesia no Fundac. Ou medo do poeta?