domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Muro da Vergonha da Biblioteca Nacional

No último sábado passei pela Avenida 25 de Setembro. Confeso que não passava por aquelas bandas faz algum tempo. No meu percurso passei por frente da Biblioteca Nacional, neste momento em obras. Por causa das referenciadas obras ergueu-se um muro mesmo defronte da Biblioteca Nacional.
Em letras bem visíveis pode-se ler no referido muro: "Murro Provisório". Fiquei estarecido. Logo na Biblioteca Nacional comete-se tão monumental erro. Uma biblioteca é suposto ser lugar onde está depositado o saber nas suas mais diversas variantes. Se de uma «Biblioteca nacional» vem tão monumental erro o que esperar de outros lugares que pouco têm a ver com o saber.
Bom, quem escreveu as palavras já referidas encarregou-se, sim, de dar um grande murro ná língua portuguesa e na dignidade da Biblioteca Nacional. Felizmente o "murro" é " provisório" pelo que quem o leva e quem o sente, só o vai levar e o sentir provisoriamente.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Paulo Danger no programa «Atracções»

Paulo Danger, arguido no processo ainda por julgar relativo a tentativa de assassinato do advogado Albano Silva foi um dos telespectadores que ligou para o programa «Atracções» no dia 14 de Fevereiro. Paulo Danger encontra-se, segundo informação oficial, detido na cadeia tida de máxima segurança B .O.
Que os presos assistam televisão e tenham possibilidade de se comunicar com familiares por via telefónica tudo bem. A coisa muda de figura qundo entram em directo em programas de televisão. Amanhã podem por essa via manipular a opinião pública sobre processos em que são arguidos.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A noite de Maputo está de luto: Morreu músico João Paulo

A noite de Maputo. Morreu um dos seus principais cultores. Novctívago e boémio por excelência, morreu na madrugada de hoje, vítima de doença, no Hospital Central de Maputo, o músico João Paulo ou o «Blues Man» com era chamado por muitos dos seus fãs. Pessoalmente, tive várias oprtunidades de privar com o João Paulo e ouvi-lo a desfilar para amesa e par o auditório, sempre atanto, a sua vasta cultura geral.Também pude ouvi-lo acantar e a embalar os fãs com os finos sons do «Blues» seu principal cardápio musical. Agora que definitivamente, não mais irei privar com ele sobem a memória asa várias vezes em que eu, o Nhachote, o Fernando Manuel e o João Paulo estivemos a mesma mesa a compartilhar ideias sobre o dsetino do país ou "sítio" como ele preferia chamar a Moçambique. Foram momentos bonitos em entricheirados no melhot bar do mundo, o «Goa» tomávamos a lberdade de mandar a merad a classe política a quem todos nós sempre concluímos ser formada por predadores nada perocupados com o triste destino da maioria dos moçambicanos. Foram tardes inesqqeucíveis com o João Paulo sempres disposto a partilhar connosco as suas experiências viviads nas muitas viagens que fez pelo mundo fora. Morreu um amigo.E ponto

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Agora Chibuto

Hoje as manifestações aconteceram no Vila de Chibuto.Mais uma vez o pretexto foi a carestia de vida.Informações circulam na cidade de Maputo indicam que os manifestantes incendiaram um padaria e um posto de venda de pão. Foi prceiso que forças policiais idas de Xai-Xai intervissem para a manifestação terminasse. O assaunto está sério. Nos próximos dias conto partilhar convosco uma reflexão sobre o assunto.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Novas manifestações

Hoje a cidade de Chókwe foi palco de violentas manifestações. Segundo informações que circulam em Maputo os manifestantes levantaram-se contra a alta de preços de produtos básicos e contra a carestia de vida. Há informações de em resultado da referida manifestação um indivíduo encontrou a morte a cinco pessoas ficaram feridas. A Polícia posicionada no Chokwé teve que pedir reforço a forças policiais posicionadas en Xai-Xai e só assim , a mnifestação terminou. Entretanto, a Polícia frustrou tentativas de manifestação em em Bobole e no Zimpeto. A carestia de vida era a motivação da referidas manifestações frustradas.

Poema

Outra pátria
quero
esta
não me
pertence

Subido o preço
do chapa
no xinguerenguere
dos pés
me transporto

Vou
para que o patrão
não faça em fatias
o meu pão
de todos os dias

No seu mercedes C Class
o patrão sabe
do novo preço do chapa?

Sabe que o salário
só se multiplica
na paciência do xitique
sabe?

A parabólica DSTV
da Sommerschield
mostra a fome de Govuro?

Á luz de vela
Matsinhane poema:
Pátria
é
pão
País
é
pão
Partido
é
pão

Celso Manguana do livro no prelo " Pátria que me Pariu"

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Agora tudo serve...

Ao princípio da manhã de hoje recebi a informação de que o empresa pública de transportes públicos coloicou nas ruas os seus autocarros de luxo para tentar minorar a crise de transportes que, pese o apelo da Federação dos transportadores para estes regressarem ao trabalho, continua em algumas rotas particularmente na sensível rota Maputo-Matola. Bom, na tentativa de de apagar o fogo agora o governo não olha a meios. Oxalá, os governantes tenham algum bom senso e sacrifiquem alguns dos vários carros de luxo que possuem nas suas casas e façam a sua conversão em autocarros de transportes colectivos. Aí sim, o povo começaria acreditar que o govreno do dia está empenhado em "combater a pobreza absoluta".

Quando o Povo é Quem Mais Ordena.....

“Uma população que não fala não é um risco?
Aonde se oculta o diapasão da sua voz?”-
José Craveirinha

Ao momento que escrevo estas linhas, nas cidades de Maputo e Matola que na passada terça-feira viveram uma situação de “terramoto social”, já se nota uma visível acalmia e com a vida paulatinamente a regressar a normalidade. Os transportes semi-colectivos que na última quarta-feira não se fizeram as ruas começam timidamente a regressar a sua rotina de todos os dias. Contudo, o cenário não me parece ser merecedor de euforias. Vive-se um cenário que prefiro denominar de, “ paz podre”. Os transportadores estão na expectativa de ouvir do governo as possíveis saídas para que eles não se vejam obrigados a ter que aumentar o preço dos transportes semi-colectivos. Aliás, a demonstração de força feita pela população das duas referidas cidades mostra que qualquer nova tentativa de aumentar os preços dos transportes semi-colectivos de passageiros pode desembocar num cenário, provavelmente muito pior que o da passada terça-feira. Temos que nos lembrar que na quarta-feira os transportadores não saíram a ruas e, mesmo sem cenas de violência, a cidade de Maputo simplesmente parou. Em suma, o governo do dia está encurralado. Ou faz cedências que agradem os transportadores e, por via disso, aos utentes dos transportes semi-colectivos ou corre o risco de ver a sua legitimidade terrivelmente corroída.
Mas neste momento em que se vive na ressaca dos acontecimentos da passada terça-feira talvez tenhamos de procurar as razões de teremos chegado ao actual estado das coisas. Uma primeira explicação pode ser encontrada no facto de, o governo do dia, pese o facto de ter colocado como urgência da sua agenda o «combate contra a pobreza absoluta» pouco estar a fazer para que os muitos pobres absolutos que o país tem melhorem a sua condição de vida. Só isso explica que em três anos de poder, o executivo não tenha traçado uma estratégia credível para o vital sector de transportes urbanos e inter-urbanos. O executivo sempre optou por soluções experimentais que sempre mostram resultados falíveis. Experimentou-se a alternativa do comboio e também a dos autocarros movido a gás. Os factos no terreno mostram que as duas alternativas estavam longe de resolver um problema que é grave e muito sério. E no meio de tanta crise de transporte vimos o ministro a inaugurar cinco autocarros de luxo comprados pela empresa pública de transportes, a «TPM». Só quem não está empenhado em “combater a pobreza absoluta” pode se dar a tremendo luxo. E como a prioridade que o presidente Armando Guebuza tem na sua agenda é “ combater a pobreza absoluta” não parece sensato que ele mantenha no seu governo quem priorize luxos.
Mas se as manifestações da passada terça-feira tiveram com principal catalizador a subida dos preços dos transportes semi-colectivos muitos dos manifestantes não deixaram de lembrar que a cada dia que passa outros produtos vão tendo preços mais altos o que torna o custo de vida mais elevado. Por aqui pode-se depreender que há urgência de repensar toda estratégia do muito propalado “ combate contra a pobreza absoluta”. Em outro momento, em outro lugar, escrevi que no fim do seu mandato o presidente Armando Guebuza poderá ser acusado de ter combatido a pobreza absoluta de uns e de se ter esquecido de combater a mesma pobreza absoluta de outros. Já me explico; a estratégia de “combate contra a pobreza absoluta” que está a ser levada a cabo pelo executivo prioriza os distritos que recebem cada um 7milhões de Mt para vários fins. Esta estratégia parece indiciar que os “pobres absolutos” só se encontram nos distritos e todos os habitantes das cidades já venceram a pobreza absoluta e não precisam de uma atenção do governo. Mas, os factos parecem indiciar que quem na passada terça-feira levantou-se contra os preços dos transportes semi-colectivos foram os continuam a espera que o governo do dia os contemple no seu “combate contra a pobreza absoluta”, sejam eles “malfeitores ou marginais” como os chamou o vice-ministro do Interior, José Mandra. “ Malfeitores ou marginais” uma coisa é certa: nos meios urbanos há muita gente que pelas mais variadíssimas razões vê a sua condição sócio-económica a deteriorar-se a cada dia que passa ao mesmo tempo que a assiste a elite política e os seus acólitos pavoneando-se em luxo e a exibirem sinais exteriores de “riqueza absoluta”. E só os que vivem obcecados pela ideia que os moçambicanos são incapazes de se sublevar perante situações de injustiça vêm malfeitores onde estava um povo revoltado. Os acontecimentos da passada terça-feira podem ser sinal claro de que muitos moçambicanos já se cansaram de ver a bicha da vida a andar só para os que estão na linha da frente. Como também foi um aviso sério ao governo do dia que está na obrigação de mostrar de uma vez por todas que o seu “combate contra a pobreza absoluta” é assunto sério e não chavão para ser repetido pelo militantes do partido no poder mesmo quando o momento é inconveniente. Porque afinal , o povo é quem mais ordena.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Maputo Sem Transporte

Depois dos tumultos de ontem a cidade de Maputo acordou hoje sem transporte. O acordo entre o governo e a asociação dos transportasdores em que as partes concordaram em suspender a aplicação da nova tarifa dos transportes semi-colectivos de passageiros acabou tendo efeito perverso. Agora, são os transportadores que se recusam a exercer a sua actividade sob alegaçaõ de que o regresso ao preço anterior tem que implicar a redução dos preços dso combustíveis. Em suma, o governo de Armando Guebuza está encurralado porque deste que chegou ao poder não mostrou ter estratégia para o problema de tranportes urbanos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Maputo a ferro e fogo

A cidade de Maputo acordou na manhã de hoje debaixo de fortes tumultos. A subida de preços dos transportes semi-colectivos foi motivo para levantamentos populares que acabaram por paralisar a vida habitual da cidade de Maputo. O movimento que começou logo pela manhã com a colocação de barricadas e incéndio de pneus nas principais artérias dos barirros periféricos da capital. Com estas acções os populares revoltados impediram a circulação não só dos tranportes s emi-colectivos de passageiros como que qualquer outra viatura. Em muito pouco tempo o movimento alastrou-se para outros pontos da cidade com particular destaque para a baixa da cidade. A polícia foi obrigado a intervir e teve que efectuar disparos e gás lacrimogénio para dispersar os vários manifestantes em diferentes pontos da cidade. Ao momento que escrevo reina uma certa calmia na cidade mas praticamente um pouco por toda a cidade uma série de serviço estão encerrados. Em muitas artérias da cidade praticamente não estão a circular viaturas. Há registos de feridos e também de um morto. A polícia tem estado a efectuar detenções de supostos instigadores dos tumultos. O vice-ministro do Interior, José Mandra, falou a comunicação social e apelou á calma.Reina muita expectativa em volta da conferência de imprensa que deverá ser dada dentro de momentos pelo porta-voz do govreno. Os tumultos de hoje condicionaram a agenda do Conselho de Ministros que viu-se obrigado a colocar o assunto na mesa e com carácter de emergência.

Nota: Os tumultos de hoje podem ser um sinal claro de que os moçambicanos estão cansados de fazer papel de bobos. É altura mais que certa, da elite governamental meter a mão na consciência e pensar mais no povo e menos no seu bolso.