quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

AEMO: As Eleições e Futuro

A Associação dos Escritores Moçambicanos vai relizar a 23 do próximo mês mais um momento eleitoral. Na agendada Assembleia-geral deverão ser eleitos os novos corpos gerentes da agremiação. Numa entrevista que dei ao semanário «Savana» em final do ano passado disse que, " A Aemo tornou-se no trampolim para que os seus secretários-gerais arranjem tachos na estrutura do Estado" e exemplifiquei com os casos de Hélder Muteia, hoje resperesentante da FAO na Nigéria, mas antes deputado pela bancada da Frelimo, vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e depois ministro da mesma área. Outro nome que serviu par alicerçar a minha ideia foi o de Armando Artur que de SG da Aemo tornou-se vice-presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa. Outro nome ainda, a que me referi foi do actual titular do cargo, Juvenal Bucuane, que por via disso é agora membro da Comissão Nacional de Eleições. Em vésperas de eleições sou obrigado a preguntar: agora quem pretende servir-se da AEMO par dar um salto para cima?
Nos corredores da AEMO ainda são poucos os nomes dos eventuais candidatos de que se fala. Mas em surdina já se fala de alguns nomes. Juvenal Bucuane, Aurélio Furdela e Jorge Oliveira são os nomes de quem se fala. O primeiro deverá ser candidato a sua própria sucessão. Contudo, a sua gestão a frente dos destinos da AEMO não me parece motivo para mais um mandato. É minha opiñião pessoal. Penso que Bucuane no tempo em que está a frente dos destinos da AEMO não foi capaz de dar uma nova cara a instituição que é cada vez menos um espaço de convivência de escritores. Alguns lançamentos e alguns debates resumem a sua direcção. Num período em que, ao que tudo indica, a AEMO tem cada vez mais parceiros era desejável que a direcção da agremiação fosse mais agressiva e tivesse muito mais programas.Não quero com isso dizer que Bucuane e seus pares naõ fizeram nada ams penso que podia ter feito muito mais. Aliás, penso que o mais importante na AEMO de hoje é fezer com que os associados voltem a frequentar a casa a participar da vida dela. Como também é importante que se estabeleçam intercâmbios com escritores de outros países e sobretudo da região nem que seja para que a AEMO não se abstenha de dançar a música da integração regional.
Mas independetemente de que fôr o novo SG da AEMO o importante é a Assembleia-Geral seja uma oportunidade de debate sobre o futuro que se pretende que tenha a AEMO. Para que não se caia na situação de mudar alguma coisa e voltar a ter tudo na mesma. O importante não são nomes nem pessoas mas programas com cabeças , troncos e membros. O resto é paisagem.

Um comentário:

MANUEL DE ARAÚJO disse...

Prezado Celso,


Permita-me dar-lhe os meus parabens pelo blogue. Faltava na globosfera mocambicana uma voz como a tua-irreverente, com ideias proprias, lucidez magnanima e quica rebeldia natural. Oxala que o teu blogue seja uma voz no deserto do pensamento mocambicano! Na esperanca de que mais cedodo que tarde consigas realizar os teus sonhos: publicar o livro e sair do 'Sitio'!

Alias bom apetite no jucoso e saboroso PARMALAT!

Um abraco e sucessos