domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Muro da Vergonha da Biblioteca Nacional

No último sábado passei pela Avenida 25 de Setembro. Confeso que não passava por aquelas bandas faz algum tempo. No meu percurso passei por frente da Biblioteca Nacional, neste momento em obras. Por causa das referenciadas obras ergueu-se um muro mesmo defronte da Biblioteca Nacional.
Em letras bem visíveis pode-se ler no referido muro: "Murro Provisório". Fiquei estarecido. Logo na Biblioteca Nacional comete-se tão monumental erro. Uma biblioteca é suposto ser lugar onde está depositado o saber nas suas mais diversas variantes. Se de uma «Biblioteca nacional» vem tão monumental erro o que esperar de outros lugares que pouco têm a ver com o saber.
Bom, quem escreveu as palavras já referidas encarregou-se, sim, de dar um grande murro ná língua portuguesa e na dignidade da Biblioteca Nacional. Felizmente o "murro" é " provisório" pelo que quem o leva e quem o sente, só o vai levar e o sentir provisoriamente.

Um comentário:

Unknown disse...

Meus camaradas antigos que vos identificais com a ganância, porque agis assim, porque atropelais o que amais e aprendestes como certo? Porque cobiçais desmedidamente o dinheiro e os luxos e os tapetes vermelhos e as mulheres dos outros e as taças de cristal? Porque quereis tantas honras e tanta glória dessa forma? Porque adorais serdes louvaminheiros desescrupolosos, sabujos lambedores da baba alheia, por que fazeis isso?

Porque não ajudais a construir sem pedirdes nada em troca? Porque não usais a inteligência para não serdes maus ministros? Porque não servis o vosso partido o ano inteiro e não apenas quando as ocasiões vos convêm? Porque não militais entre as massas ao invés de vos passeardes pelas cidades? Porque não sonhais com o povo e não com o luxo que em nome do povo podereis adquirir? Porque pensais nas vossas quintas e não nas lavouras onde a fome possa morrer? Porque raio de razão pensais tanto em vós quando quereis servir o País?

Meus companheiros de outrora e que não descortino se o serão hoje podereis vós responderdes a tudo isto?


Recorda o homem puro:

Meus companheiros com quem tanto me diverti, como vós vos tornastes nuns imbecis. Vós que tanto amastes a integridade, vós que sempre condenastes os calculistas vis, que vos levantastes contra eles, que lhes deixastes de falar-lhes, vós que cantastes a rectidão como uma bandeira inultrajável e louvastes os honestos, os que mesmo podendo nunca se apropriaram de bem nenhum, os que amaram e ama o seu povo incondicionalmente, os que lutaram e ainda lutam por ele incondicionalmente, não vos envergonhais de estardes a serem tão enganosos?


Podeis aborrece-vos, meus ex camaradas, mas eu vos conheço e sei que vos juntastes a alguns companheiros para vos servirdes deles. Vós não os amais verdadeiramente e nem as causas nas quais acreditam eles, vós não apoiais com sinceridade as suas lutas, vós, apenas, acreditais que eles vencerão porque podeis perceber, embora estando em lados opostos e, de algum modo, tenham falhado reconhecendo-o durante anos, vós percebestes, dizia, que eles têm a seu favor a voz dos autênticos, dos que guardam em si a verdadeira razão.

Mas não é a justiça que procurais a seu lado, não, não é a justiça, mas as futuras mordomias e riquezas que ambicionais que no futuro insistem em deitar as mãos. Porém, se de vós se servem eles pensando que o fazem porque existe uma luz reabilitável em vós, estão enganados e ainda o fazem porque nunca se deram conta como em proveito vosso se servem deles.

Afirma o homem puro:

Sois a nova corja de oportunistas, os militantes futuros da idolatria e só depois de dividires o saque é que o povo vos reconhecerá.


E àquele meu camarada, finaliza o homem puro, que, da sua cadeira douta, da sua cartolina de doutor, do seu ilustre gabinete ou da cabine em couro do se oficial Mercedes Benz, disse, certo dia, que mais não podia ser eu do que um reles autodidacta, a esse meu gordo companheiro, estendo-lhe a mão dizendo que breve durará a tua obra, a escolarizada sapiência, mas minha se inclinarão os olhos dos teus filhos, dos teus netos e dos seus futuros descendentes para ali aprenderem no que participaste tu e de tudo isto perceberem.